Ultimamente tenho pensado muito

Ultimamente tenho pensado muito.

Já há algum tempo que não me sinto eu, que ando por este mundo ao sabor da corrente, simplesmente à deriva e sem destino, sem rumo e sem vontade.  Sempre a procurar aquela brisa quente que aquece e faz caminhar com vontade para ela. Eu, pelo contrario tenho andado pelo mundo, como um poder destrutivo que parece aniquliar tudo à sua volta, como Loki a brincar com o mundo. Este não sou eu, é uma sombra do que eu já fui, um desvio ao plano que cada vez mais se entranha em mim. A verdade é que tenho medo, medo que alguém repare que se calhar este aparente espantalho não sou eu, tenho medo que alguém olhe para este espectro e veja quem realmente sou. Por isso fujo, fujo de mim de quem realmente sou, da minha essência. Disfarço-me, faço de conta, tento não pensar, e acabo por me recriar, um alguém que aparentemente começou a se entranhar, a parecer demasiado real, demasiado verdadeiro, para alguém que não existe.

Preciso de aceitar quem sou, deixar de fugir do que eu sinto, deixar de ter medo, de ter medo. Preciso de olhar ao espenho e aceitar.

Quero deixar de fugir.

Ultimamente tenho pensado muito. Talvez de mais